19.1.10

Innocent when you dream





Os meus sonhos acordam comigo, acumulados no tutano. E há sonhos para todos os géneros cinematográficos. À imagem movimento ou à imagem tempo, é tudo bem real. Talvez o mais curioso é que eu sonhe com personalidades mais ou menos conhecidas. Pois bem, com a minha querida Inês de Medeiros é compreensível. Ainda hoje de manhã tenho perfeita noção de ter sonhado que tomávamos o nosso primeiro café e fumávamos o nosso primeiro cigarro do dia nos escritórios amarelados do cinema São Jorge. E abraçávamo-nos, por entre jornais, pelas nossas ausências.
Por outra parte, sonhar com o Pedro Mexia, não tem nenhuma razão de ser (só o vi um par de vezes na minha vida, sendo que uma delas, ele estava a negociar templates com a Menina Limão numa esplanada no Rossio). Ah, também já sonhei com a Menina Limão, mas isso fica para outro post.
Agora, muito mais estranho que isto é sonhar com a Adília Lopes, que eu nunca vi em carne e osso. Só guardo uma vaga imagem imaginária depois de me terem contado que ela ia para a Bertrand do Chiado vender os seus próprios livros (tipo aquelas senhoras que fazem exibições das magníficas propriedades do Tupperware em centros comerciais). Sendo já o cenário burlesco, tudo se transforma quando sonho que alguém me tinha vendido à Adília Lopes. O negócio era simples: a Adília pagava para ter sexo comigo. Eu, aflita comecei a correr por Lisboa inteira, mas a poetiza previa as minhas fugas e através dos seus poemas teletransportava-se para onde eu estava. E eu corria, corria. E ela encurralava-me. Até que ficámos presas numa sala de teatro do São Luís e eu…eu acordei.

Fotografia de Graça Sarsfield
 
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6 comentários:

Sandra Carvalho Rocha disse...

Bebe da mana! Sonhar com essa senhora é sem dúvida um pesadelo. É o pesadelo do pesadelo. Só me lembro dela a recitar os poemas pseudo-eróticos/pornográficos/eu-sou-uma-pessoa-com-graves-problemas/internem-me-rapidamente,e de a ver abraçar árvores.... que cena.

Annie disse...

Senhora que deixou o comentário anterior,
A Adília Lopes é minha poetisa de cabeceira. E eu agradeço muito por isso. O seu trabalho é fantástico e com um dos seus mais conhecidos poemas me despeço. Espero que possa tirar uma boa conclusão destes versos:
"Um dia
tão bonito
e eu
não fornico"

Sandra Carvalho Rocha disse...

"menina que estás à janela a comer uma sandes de mortadela, vem cá baixo e dá um beijo ao Vizela."

tomá!!! senhora dona do seu blog!

Diana Ratola disse...

doentio!
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Menina Limão disse...

também me ri muito com isto. pensava que tinha comentado, bolas. olha que eu continuo à espera que contes esse sonho que tiveste comigo!

Annie disse...

Liminipipi, vou contar. Tenho que o pensar muito bem porque já não me lembro exactamente como foi.
escrevo quando vier das lisboas.