5.7.10

Sobre o regresso

-Se me atirassem ao chão, desta vez, não iria gritar. Foi assim que aconteceu quando arrumei a tralha pela primeira vez. Tudo no lugar, sim, estava tudo no devido lugar. Hoje, se me atirassem ao chão, as cicatrizes não iam abrir e o chão seria cómodo. Agora, as minhas cadeiras e lâmpadas estão violadas. Já não servem a sua utilidade; já não estão no devido lugar. Mais, o lugar já não existe.


-Três vezes inspirei o teu nome. Não para me calar, para te calar a ti.


-Sobra-me espaço aqui. Não tenho onde cruzar as pernas, nem posso apertar-me contra a parede. Alugo metade de um quarto!


-Mãe entra pelo quarto a dentro e diz à minha irmã: -Ah, ainda está a dormir. Ah, ela não está sozinha, são dois corpos… ainda não estou preparada para isto. Ah, mas é um homem ou uma mulher? - Mãe sai do quarto.


-Ainda não mergulhei no mar; já vi os olhos da Annika.


-Esta semana vou ao Porto. Não, vou a Lisboa. Ao Porto, a Lisboa?!


-Recomeçou a época balnear das sessões de cinema em minha casa a horas menos prováveis. É só aparecer.

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4 comentários:

Anónimo disse...

:)

[um sorriso, apenas, serve?]

Annie disse...

yup!

Menina Limão disse...

cá te espero, ananona.

Annie disse...

Limão, quero-te muito.