E sempre que os dedos lhe saiam pela boca à procura do líquido pericardial, não encontrava mais do que o poder de conseguir controlar a ira. Em vão, tudo. Não saber para que é que se serve. Não saber porque é que se come. Não saber se o fumo inalado tem resquícios de amor. Quase nunca escrevo a palavra 'amor'. Não é em vão; não será em vão. E ainda assim, os dedos procuram a boca. E talvez um dia chegar ao ponto de dizer: não mais amor.
Fotograma do filme Elegia de Isabel Coixet, 2008
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4 comentários:
Não é em vão; não será em vão.
<3
<3, obrigada
"o poder de conseguir controlar a ira" já é um enorme poder!
Film-m k,
o problema é quando há muitas aparentemente controladas.
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