Estive com muita atenção a ver a gala dos Goya. Por uma razão muito simples: porque sei que amanhã, em Espanha, não se falará de outra coisa na imprensa, na televisão, nas salas de aula e nos cafés.
Com muita pena minha, não perderia muito tempo com os nossos (portugueses) Globos de Ouro. Aqui reside a diferença dos nossos cinemas.
Ainda sobre os Goya, fiquei com enorme curiosidade em ver Celda 211 que ainda não tive oportunidade.
Não posso negar uma certa tristeza quanto às minhas esperanças quebradas no não premiado filme Los Abrazos Rotos de Pedro Almodóvar (com excepção na categoria de música original cujo prémio foi atribuído a Alberto Iglesias). Pelos vistos eu devo ser a única a achar que é um filme sublime. Desculpem-me a ousadia, mas é uma tal declaração de amor ao cinema, que me toca mais profundamente do que a que fez Tarantino em Inglourious Basterds neste mesmo ano. A Pénolope Cruz foi embora da cerimónia mais cedo e tudo.
Para consagrar a minha admiração, e bem sei que estou um pouco obcecada com o tema, mas, Los Abrazos Rotos imprime em película o meu último tema de eleição: os fulgores narrativos emergentes das relações dos realizadores com as suas actrizes. Vá, prometo mudar de tema muito em breve.
Para terminar: acho que o Amenábar tem cara de matemático ou físico.
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